12 outubro 2012

Especial de Dia das Crianças

Hoje estou muito feliz, mamãe prometeu me levar à um parque novo e grande aqui na 
cidade. Pelo que meus amigos me disseram, é muito divertido.
Estou muito ansiosa, era a melhor coisa que poderia me acontecer no dia das crianças.

Meu nome é Rebecca mas a maioria dos meus amigos me chama apenas de Becca. Tenho 10 anos e vou ter um grande dia, pois hoje é meu dia, dia de todas as crianças do mundo.
Julio também vai comigo. Ele estuda na mesma escola que eu e é meu melhor amigo. 

Hoje de manhã, ele disse que estava com um mal pressentimento. Eu disse que era besteira pensar isso e que seria um grande dia. Ele concordou, mas ainda assim ficou meio tenso.
Comemos no Mc Donald's e Julio nos fez rir tanto que eu quase não consegui comer.

Mais tarde vamos para o parque, lá para às 02:20h. Julio fica com uma cara estranha quando falo do parque na frente dele, ele diz que não acha seguro e sempre que pergunto por quê, ele me diz não saber o motivo. Eu converso com ele e tento convencê-lo, pois quero muito ir. 

Não sei como, mas consegui convence-lo eu até o deixei mais tranquilo quando disse que se ele não se sentisse bem voltaríamos para casa.
Vamos sair da lanchonete agora.

Chegamos!!!!
Estou ansiosíssima, mal consigo me conter.
Mamãe me deixou ficar com Julio por aí e disse que depois nos encontraríamos na entrada do parque.
Julio e eu não sabemos em que brinquedo ir primeiro. Queremos ir na roda gigante.

Que estranho, ela parece estar vazia. Isso é muito estranho para um parque muito cheio.
Vamos mesmo assim.

UAUUU!!! É muito alta, consigo tocar o céu daqui de cima, é INCRÍVEL!!!

Já fomos em vários brinquedos e estamos prestes a ir no chapéu mexicano, mas o que é isto?
O parque está quase vazio, como não percebemos?
Melhor achar a mamãe.

Mais aonde... Aonde está a mamãe? Ela disse que nos encontraria aqui.
Estou preocupada, o parque agora está completamente deserto.
Olha!! Há um homem ali, eu e Julio vamos falar com ele e ver se...
O que é isto, o homem não tem rosto!!!

Cadê a mamãe?
Não sabemos o que fazer...

-Eu sabia que tinha algo errado... - Disse Julio pra mim.
-Como assim? - Perguntei assustada.
-Lembra hoje mais cedo, quando eu não me sentia bem em relação à vir ao parque? - disse ele pensando.
-Sim, me lembro. Por qu... - Tentei dizer.
-Eu sentia que algo ruim estaria aqui, mais não disse por que achei que era besteira. - disse ele me interrompendo.
-E o que vamos fazer?
-Não sei...

Temia que ele dissesse isso.

-Temos que sair daqui - Eu disse para ele.

Estou com muito medo.
O homem está imóvel na cabine da roda gigante...
Ele está saindo de lá. Para onde ele vai? Está vindo pra cá!

-Vamos entrar dentro da lanchonete, talvez tenha alguém lá que no ajude e nos explique o que está acontecendo
-Mas vamos rápido!

Estamos aqui a 30 minutos e nada aconteceu. Achamos que ele foi embora... Espere...há alguém andando entre as cadeiras da lanchonete. Estamos na cozinha e parece estar vindo para cá.

É ele!!!
Ele entrou. O que vamos fazer?

-Veja Beca, tem uma porta dos fundos ali!!!
-ok

Estou com muito medo, ele etá revirando o lugar. Vamos ter que ser rápidos.

-Vamos lá Beca. No 3...2...1... CORRE!!! - Ele deixou que eu passasse na sua frente
-NÃO!!!!

Ele pegou o Julio!! Meu Deus ele... ele o matou!!!
Tenho que correr. Estou com medo. Ele matou meu amigo. Julio me salvou. Mas o que aquele homem queria? Somos só crianças...só isso...

-Filha!!! - Disse mamãe animada 
-Ela acordou - Um homem que eu não conheço falou.
-Graças a Deus, filha!!! - Ela estava muito animada.
-O que aconteceu mamãe??
-Você desmaiou filha, te acharam no chão, no parque...
-E cade o Julio? - Perguntei com esperança de que ele ainda estivesse vivo e que aquilo tivesse sido um sonho.
-Quem é Julio filha?
-O QUE???? Do que está falando mamãe?!
-Você não conhece nenhum Julio minha filha...
-Onde estou e cadê o Julio?
-Fique calma minha filha. Você está no hospital, e você não conhece nenhum Julio.
-Como assim mamãe? E o homem sem rosto?
-Você não está bem filha...
-Deixe ela dormir um pouco - Uma mulher ruiva falou pra mamãe.

Ela e mamãe saíram da sala...

Mais o que foi aquilo? Foi um sonho? E cadê o Julio?
Eu sei que não foi minha imaginação.

Julio está morto e ninguém se lembra dele...
Foi ele, o homem sem rosto que queria nos matar...

Eu vou fazer alguma coisa, eu vou achá-lo.
Acharei também Julio e todos se lembrarão dele.
Tenho que fazer algo.

Esse foi o pior dia das crianças de todos...


Escrita por: Pedro e Gabriel

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